Qual o sentido da vida?
O que vim fazer neste Planeta? Estas são perguntas recorrentes na vida de todos nós. Em diferentes momentos de vida, nos perguntamos se estamos no lugar certo, fazendo a coisa certa, ao lado da pessoa certa. Temos a sensação de estarmos com o roteiro errado, de que deveríamos estar bem longe, fazendo algo diferente do que estamos fazendo, sentindo algo diferente do que estamos sentindo. De que deveríamos ter uma vida mais nobre, mais significativa.. E sofremos...
No Tantra, a vida simplesmente é como é. Todos os fatos e pessoas fazem parte da história, que está em permanente evolução e sempre certa. Quando conseguimos finalmente ter esta consciência de que estamos onde deveríamos estar, tendo as experiências que temos de ter, no ritmo que deve ser, relaxamos e então somos invadidos por uma sensação de paz e acolhimento. Deixamos de brigar com a vida e a aceitamos a existência como ela é, passando a conviver em harmonia, com mais prazer.
É o momento da aceitação total! Voltamos à rota original, depois de nos perdermos em busca de dinheiro, status, prestigio ou mesmo de um relacionamento homem-mulher. Objetivos materiais que nos afastaram de nossa essência, dos nossos desejos naturais. Esta dicotomia começa cedo, quando os condicionamentos sociais nos fazem crer que não somos valorosos do que jeito que somos naturalmente. E para atingir um novo padrão, nos esforçamos para mudar, alcançar condutas mais elevadas, deixar nossa marca no mundo. E assim nos desviamos de nossa naturalidade.
Muitas pessoas vivem com medo de não estar cumprindo seu dever neste mundo. De ter deixado de fazer coisas importantes, lutar por causas sociais, ajudar a curar outras pessoas, transferir seu conhecimento para outros, de estar de alguma forma passando a vida em branco...
Somos condicionados a acreditar que o nosso propósito de vida é servir a outras pessoas.
No entanto, há uma diferença em servir aos outros, porque sentimos que "temos que", e simplesmente servir aos outros, porque “ queremos” e temos um sentimento de compaixão em nossos corações.
Além disso, parte de nós teme – inconscientemente – que Deus franza a testa ou aumente nosso carma se não dermos nosso lugar para um idoso, não ajudarmos um mendigo ou amarmos nossos parentes mais próximos. Outra parte de nós, quer fazer um escambo. Praticar boas ações para garantir recompensas nesta vida ou na próxima. Ou seja, o desejo de ajudar, de fazer o bem muitas vezes está bem distante de uma decisão benevolente e desinteressada.
E mais: a maior parte das pessoas acredita que pode ajudar ao outro sem se ajudar primeiro, amar ao outro, sem se amar primeiro... Totalmente errado! Para cuidar das necessidades do outro é necessário primeiro preencher as suas próprias, de carinho, conhecimento, saúde, espiritualidade, paz. Se você não amar a si mesmo e não estiver em harmonia com a sua natureza, como pode oferecer algo de valor a qualquer pessoa? O que você terá para dar?
Somente quando você vai fundo dentro de si mesmo e se sintoniza com seu eu autêntico, você brilha e começa a ressoar uma energia que pode, consciente ou inconscientemente , curar outras pessoas. Apenas sua mera presença transmite luz à suas vidas. Afasta-os de sua vida ordinária e pelo exemplo, permite a reflexão. Se você já encontrou este caminho, de expressar seu eu autêntico, possui palavras de sabedoria e conhece técnicas para ajudar a expandir a consciência dos que te cercam, fique tranqüilo, você já está servindo a humanidade... De uma forma simples assim, vivendo, convivendo, amando...
Então, comece a prestar a atenção aos questionamentos, às dúvidas, às grandes estratégias ou atitudes de benevolência. A única pergunta que vale realmente a pena ser feita é: você quer curar o mundo? Sim? Então comece por você mesmo. Esta é a grande verdade que o Tantra prega.